quarta-feira, 15 de junho de 2011

Minha Entrevista

Nome da entrevistada: Monica Alencar de Souza

1- O que lhe motivou a escolher esta área para fazer uma PÓS-graduaçao?

Saúde publica, o gosto em estudar o meio ambiente, contribuir para a sua preservação, para estudar melhor a contaminação por diversas doenças, e por que biologia sempre foi um sonho pra mim, pois quanto mais se conhece o meio onde vivemos, mais paixão temos por viver.

2-- De que forma a biológia, faz parte de nosso dia-a-dia?

Todos os sentidos, pois nossa vida é um ciclo e a biologia estuda todo essi processo, vendo a relação do meio com o ser humano. E a pos-graduação em saúde publica na questão da epidemiologia, e a prevenção de determinadas doenças.

3- Onde podemos aplicar os conhecimentos sobre biologia e em saúde publica ?

Em tudo, entre exemplos podemos falar sobre como reciclar o lixo,para fazer do lugar onde vivemos um local mais saudavel, de maneira que podemos ajudar na prevenção de varias doenças com medidas simples, auxiliando a população a tomar esses cuidados para que muitas doenças sejam evitadas,agindo de acordo com a atenção primaria de saúde.

4- Nossa região oferece oportunidades para você aplicar os conhecimentos obtidos nessa área?

Na área de bacharel (pesquisa) o campo é muito restrito, nossa região nos oferece um campo amplo para licenciado.

05- Qual a oferta de mercado de trabalho nesta área?

Licenciado atuando como professor e Bacharel por meio de pesquisas ciêntificas.

06- Como você classifica a qualidade de ensino de sua pós graduação?
Na Universidade Regional do Cariri. Fui bolsista e isso pra mim foi muito gratificante em questão de conteudo, por que tive oportunidade d acesso a maiores numeros de trabalhos cientifico, e publiquei trabalhos em congresso que foram muito enriquecedores para o meu curriculo.

sábado, 4 de junho de 2011

Meu video ta sendo divulgado

 Jannine Gomes:    
  http://jeanninegomes.blogspot.com/
 Emanuel : 
 emmanuelaugusto-odontologia.blogspot.com  Alana Dias:           
  http://alanaoliveiradias.blogspot.com/
 Amanda Amorim :   
http://amandaamorimodontologia.blogspot.com/

Divulgando Videos!

Vídeo de Caio Raul: http://caioraull.blogspot.com/2011/05/blog-post.html#commentstd

Video de Amanda Amorim:   http://amandaamorimodontologia.blogspot.com/2011/06/meu-video.html

Video da Jeannine gomes:  
http://jeanninegomes.blogspot.com/2011/06/meu-video.html

Alana Dias :  
 http://alanaoliveiradias.blogspot.com/2011/06/blog-post_02.html

Lorena Mouraa:          
http://lorefm.blogspot.com/2011/06/video.html

Meu marca pagina falava sobre Células-tronco


Célula-Tronco


As células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias  de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias. Essas células-tronco são extraídas do embrião ainda na fase de blastocisto (fase onde começa a se formar a cavidade onde fica os órgãos). O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas   doenças e traumas.
Raíza Aquino U. G. Parente (Odonto. 201.1)

divulgando Video

Vídeo de Thayne Andrade : http://thayneandrade.blogspot.com/2011/06/meu-video.html

Vídeo de Raquel Alencar :http://raquelasf.blogspot.com/2011/06/meu-video_02.html

Para o Trabalho 10


Saúde bucal do idoso: por uma política inclusiva
Texto contexto - enferm. v.17 n.4 Florianópolis out./dez. 2008

Ana Lúcia Schaefer Ferreira de MelloI; Alacoque Lorenzini ErdmannII; João Carlos CaetanoIII
IDoutora em Enfermagem. Professor Substituto do Departamento de Odontologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Santa Catarina, Brasil
IIDoutora em Filosofia da Enfermagem. Professora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UFSC. Santa Catarina, Brasil
IIIDoutor em Odontologia Social e Preventiva. Professor do Programa de Pós-graduação em Odontologia em Saúde Coletiva da UFSC. Santa Catarina, Brasil

Apesar da retórica, o acesso dos idosos brasileiros ao oportuno e integral atendimento em saúde bucal, provido pelo Estado, frustra-se ante a insuficiência da cobertura necessária, que deriva das respectivas condições epidemiológicas associadas ao seu nível de renda. Os serviços públicos mostram-se despreparados para suprir esta demanda, juridicamente assegurada, mas não traduzida em acessibilidade e resolutividade. O acesso universal aos serviços, a garantia de tratamentos, o efetivo atendimento à saúde bucal do idoso, ainda faz parte das nossas utopias, embora surjam fatos novos que renovam esperanças, como equipes de saúde bucal na Estratégia de Saúde da Família (ESF), a implantação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs) e outras iniciativas que constituem boas práticas no âmbito de alguns Municípios e Estados.1 Ainda assim, há um abismo entre o plano normativo, que assegura o direito à provisão de atenção à saúde bucal aos idosos, e a efetiva oferta.”
“A saúde bucal e os cuidados de que dela emanam são interpretados no Brasil como um direito dos cidadãos que deve ser garantido pelo Estado por meio de programas ou políticas públicas universais, aí contempladas como categoria especial, por sua fragilidade, os idosos. Porém, a ausência da cobertura estatal é suprida, parcialmente, por um regime privado de provisão e produção de serviços odontológicos disputando e atendendo o segmento da demanda capaz de pagar, restando ainda imensa população excluída do atendimento a suas necessidades mais elementares de cuidados à saúde bucal.”
“O novo perfil demográfico brasileiro associado ao envelhecimento populacional acarretou mudanças nos padrões de morbidade, invalidez e mortalidade. Concomitante à ocorrência de doenças infecto-contagiosas, cresce a prevalência das enfermidades crônicas não transmissíveis2 e, portanto, a importância dos respectivos fatores de risco, que requerem ações preventivas. A mudança de padrão não é diferente na saúde bucal na qual, a exemplo da situação de saúde geral, o perfil epidemiológico da saúde bucal da população brasileira também tem sofrido alterações, principalmente nos níveis de cárie dentária, a doença bucal mais prevalente.”
“, três correntes convergem para que seja crescente e diversificado o estoque de necessidades de cuidado à saúde bucal do idoso no Brasil: o aumento acentuado da população idosa sem que haja crescimento compatível da atenção; o padrão de baixa procura de serviços odontológicos especializados por idosos e a chegada do contingente que alcança a fase idosa demandando conservação da saúde bucal conquistada nos anos de juventude, afetado em grande parte pelas doenças de caráter crônico-degenerativo.”
“A identificação da categoria central Promovendo o cuidado à saúde bucal do idoso a partir do contexto das instituições de longa permanência resultou da integração de sete categorias emergentes dos dados coletados " Atribuindo significado à saúde bucal; Determinando as condições de saúde bucal, a saúde bucal e o processo de envelhecimento; Entendendo as interações que se estabelecem no cuidado à saúde bucal do idoso; Gerindo o cuidado à saúde bucal do idoso em uma instituição de longa permanência; Inserindo o cuidado à saúde bucal do idoso na dimensão político-organizacional e Vislumbrando possibilidades de melhores práticas no cuidado à saúde bucal do idoso. Dentre as sete categorias do estudo, a que se denomina Inserindo o cuidado à saúde bucal do idoso na dimensão político-organizacional, de modo mais específico, engloba as políticas públicas de saúde e saúde bucal, sendo o foco deste artigo.”
“A categoria Inserindo o cuidado à saúde bucal do idoso na dimensão político-organizacional representa esta constatação. As subcategorias que a compõem são: Considerando as políticas públicas relacionadas à saúde e ao idoso, Considerando questões do cuidado à saúde bucal no âmbito jurídico, Considerando questões econômicas relacionadas ao cuidado à saúde bucal, e Considerando o papel das organizações de saúde.”
Considerando as políticas públicas relacionadas à saúde e ao idoso: Essa política pública deve compor um conjunto de ações coletivas dirigidas à garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público de resposta à determinada situação.”
A decisão de implantação da ESF como forma de organização da atenção básica no Sistema Único de Saúde (SUS), reformulando o processo de trabalho em saúde, foi relevante para a reorganização da prática odontológica baseada nos princípios da promoção à saúde, prevenção de doenças, áreas de abrangência e de equipe multiprofissional. Trata-se da transformação do trabalho isolado do cirurgião-dentista em uma prática de saúde integrada, por meio da implantação de Equipes de Saúde Bucal (ESB) atuando junto às Equipes de Saúde da Família.”
A saúde bucal não tem sido contemplada a contento, entretanto, no momento os participantes apontam uma iniciativa que pode modificar esta realidade, com injeção de recursos específicos. Em março de 2004, o governo federal lançou uma Política Nacional de Saúde Bucal1, com a marca "Brasil Sorridente", em que apresenta novas diretrizes para a reorientação das concepções e práticas no campo da saúde bucal, capazes de propiciar um novo processo de trabalho. A proposta é reorganizar a atenção à saúde bucal em todos os níveis, tendo o conceito do cuidado como eixo central.”
Considerando questões do cuidado à saúde bucal no âmbito jurídicoA International Association of Gerontology, em parceria com o United Nations Programme on Ageing, na 2ª Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, Madri, 2002, recomendou a promoção da saúde bucal entre os idosos e o estímulo à manutenção de seus dentes naturais pelo maior tempo possível por meio da implementação de políticas públicas culturalmente apropriadas e provisão de serviços assistenciais em saúde bucal ao longo do curso da vida.

Para o trabalho 9

Utilização de documentação ortodôntica na
identificação humana*

Rhonan Ferreira da Silva**, Patrícia Chaves***, Luiz Renato Paranhos****, Marcos Augusto Lenza*****,
Eduardo Daruge Júnior******

A Ortodontia pode ser definida como sendo a especialidade que tem como objetivo a prevenção, a supervisão e a orientação do desenvolvimento do aparelho mastigatório e a correção das estruturas dentofaciais, incluindo as condições que requeiram movimentação dentária, bem como a harmonização da face no complexo maxilomandibular”
“No Brasil, o profissional da Odontologia tem o dever ético de manter adequadamente arquivada toda a documentação odontológica produzida em função do tratamento de seus pacientes, conforme preconiza o Artigo 5º (VIII) do Código de Ética Odontológica3. Clinicamente, o arquivamento da documentação odontológica permite que o ortodontista tenha a possibilidade de acompanhar, em qualquer época, o desenvolvimento dos tratamentos em andamento e os casos já finalizados. Em Odontologia Legal, a importância desse arquivamento está relacionada tanto com as questões ligadas à defesa profissional, em casos de processos contra cirurgiões-dentistas8, quanto aos casos de identificação de corpos esqueletizados, putrefeitos ou carbonizados.”
“Considerando-se a responsabilidade profissional do ortodontista no exercício da profissão, associada à riqueza de informações presentes na documentação ortodôntica, o presente trabalho tem como objetivo relatar um caso pericial onde um indivíduo encontrado carbonizado foi identificado utilizando-se as informações presentes numa radiografia panorâmica e em fotografias intrabucais produzidas em decorrência de tratamento ortodôntico.”
“A literatura pericial relata diversos casos onde indivíduos carbonizados, esqueletizados ou em
decomposição foram identificados pela análise das particularidades odontológicas5,6, podendo
essa técnica estar associada a outros métodos de identificação humana2. Os bons resultados obtidos
por essa técnica advêm da considerável resistência dos dentes e dos materiais odontológicos à ação do fogo7, associada às informações presentes na documentação produzida em função do atendimento
odontológico (prontuário odontológico, radiografias odontológicas e fotografias).”

“A identificação odontolegal pode ser classificada como uma metodologia comparativa para
a determinação da identidade de um indivíduo e, didaticamente, é dividida em três etapas: exame
das arcadas dentárias do cadáver, exame da documentação odontológica e confronto odontolegal9.
Na primeira etapa são anotadas todas as particularidades presentes nas arcadas dentárias
do cadáver, relacionadas com a presença e/ou ausência dentárias, restaurações (faces e materiais),
próteses, tratamentos endodônticos, patologias e anomalias, dentre outros aspectos. No exame
da documentação odontológica são coletadas todas as informações pertinentes ao tratamento
efetuado ou planejado, anotadas pelo clínico no prontuário odontológico, associando-as às informações analisadas nos exames complementares (radiografias, fotografias, modelos, dentre outros). “

Para o trabalho 8

Estética em Ortodontia: Diagramas de Referências Estéticas Dentárias (DRED) e Faciais (DREF)

 Carlos Alexandre Leopoldo Peersen da Câmara
Especialista em Ortodontia pela FO-UER. Consultor científico da Revista Dental Press de Estética. Diplomado pelo Board Brasileiro de Ortodontia 

Seria muito interessante que todas as áreas da Odontologia tivessem em comum a possibilidade de avaliar e reconhecer os requisitos morfológicos que interferem e influenciam a estética dentária e facial . Seria como se pudéssemos avaliar as nossas obras de artes odontológicas com uma visão preparada para tal, sabendo por meios técnicos e científicos identificar os pontos chaves para esse reconhecimento. Não é fácil reconhecer o belo, trata-se de uma tarefa cerebral, que nem sempre pode ser bem explicada. Poderíamos perguntar: se uma imagem vale por mil palavras, será que mil palavras conseguem explicar uma imagem? E se essa imagem for bela? E ainda, o que é ser belo ou estético? Belo, segundo o dicionário Aurélio, é aquilo que é agradável aos sentidos. Em outras palavras, é a expressão visual agradável do incogniscível. Isto é, aquilo que conseguimos reconhecer como agradável mesmo sem perceber o porquê. Seria algo intuitivo ou talvez emotivo. É como diz o poeta Ernest Hello: "Beleza é a forma que o amor dá as coisas". E o que seria estético? É aquilo que tem característica de beleza. Avaliando essas definições podemos perceber o quanto elas são subjetivas.”
DIAGRAMA DE REFERÊNCIAS ESTÉTICAS DENTÁRIAS (DRED)O Diagrama de Referências Estéticas Dentárias (DRED) define o que deverá ser criado ou alcançado com os dentes ântero-superiores. A finalidade desse diagrama é dar uma noção exata dos posicionamentos e proporções que os dentes guardam entre si e também a relação desses com a gengiva e os lábios. Esse diagrama é constituído de seis caixas que englobam os incisivos e caninos superiores; e os seus limites irão ser específicos para cada referência estética. Cada caixa irá englobar o seu respectivo dente, obedecendo aos seus limites. Embora essas caixas possam servir de referência nos vários planos de observação, o DRED será avaliado em uma visão de 90º em relação ao plano frontal, ou seja, perpendicular a esse plano.”
UTILIZAÇÃO DO DIAGRAMA DE REFERÊNCIAS DENTÁRIS (DRED): Fechamento de diastemas :O fechamento de diastemas pode ser feito de três formas: com auxílio da Ortodontia, com preenchimento de materiais restauradores diretos (resina composta) ou indiretos (facetas de porcelana, coroas protéticas) ou ambas as opções (Ortodontia e Cosmética). Nos consultórios clínicos, os espaços entre os incisivos superiores costumam ser preenchidos, em muitos casos, por materiais restauradores diretos ou indiretos, quando o tratamento ortodôntico é rejeitado. Em outras situações, mesmo sendo um pequeno espaço, o paciente só aceita o tratamento ortodôntico. No entanto, em alguns casos, os espaços entre os dentes são muito grandes e/ou existe uma discrepância de tamanho entre os dentes superiores e inferiores (discrepância de Bolton)8,9, havendo a necessidade da integração entre as especialidades.”

“A Ortodontia será a responsável pela distribuição e diminuição dos espaços e a Dentística pelo fechamento completo com material restaurador. Nessa situação, o tratamento ortodôntico deve distribuir os diastemas, de forma que os maiores espaços fiquem sempre para distal do dentes. Assim, tira-se proveito do efeito paralax. Explicando melhor, apesar de termos dois objetos do mesmo tamanho, o que está mais próximo aparenta ser maior, apesar de serem iguais. ”

“O reposicionamento deve ser feito tomando como referência o Diagrama de Referências Estéticas Dentárias. Seguindo os parâmetros estéticos do DRED, a visualização do correto posicionamento dos dentes fica bem simplificada. Embora, o reposicionamento dos dentes no sentido mésio-distal seja o maior objetivo nos tratamentos de diastemas, a acomodação concomitante desses no DRED acarretará obrigatoriamente no alcance dos parâmetros estéticos.”
DIAGRAMA DE REFERÊNCIAS ESTÉTICAS FACIAIS (DREF):Os Diagramas de Referências Estéticas Faciais, em conjunto com o Diagrama de Referências Estéticas Dentárias, terão o intuito de prover uma avaliação estética odontológica global, simplificada e individualizada de cada paciente. A simplicidade dos diagramas é intencional, uma vez que seria interessante que todas as especialidades odontológicas pudessem tirar proveito das informações obtidas nesses diagramas, que não precisam de informações numéricas para serem interpretados.”
É importante observar que diagramas que se prestam a facilitar a visualização das estruturas faciais conseguem oferecer informações, embora simples, importantes, para que sejam feitas as avaliações das estruturas faciais e suas características estéticas. A utilização do DREF é feita em fotografias, que são de baixo custo e não expõem o paciente à radiação nociva28. Além disso, com o advento da fotografia digital, a possibilidade de se analisar o registro fotográfico diretamente no computador facilitou bastante o estudo dos casos clínicos. Entretanto, muitos trabalhos que utilizam fotografias têm seu valor científico reduzido pela falta de padronização na obtenção dessas.”

Para o trabalho 7

Perfil das gestantes cadastradas nas equipes de saúde da família da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul 

Carlos Ricardo Maneck MalfattiI; Ari Nunes AssunçãoII; Rosylaine MouraIII; Miria Suzana BurgosIV; Liviéle Daiane EhleV
IMestre em Ciências Biológicas Bioquímica Toxicológica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professor do Departamento de Educação Física e Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)
IIDoutor em Filosofia da Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor do Departamento de Enfermagem e Odontologia da UNISC
IIIMestre em Enfermagem pela Fundação Universidade do Rio Grande (FURG). Professora do Departamento de Enfermagem e Odontologia da UNISC
IVDoutora em Ciências da Educação pela Universidad Pontifícia de Salamanca (UPS). Doutora em Ciências da Motricidade Humana pela Universidade Técnica de Lisboa (UTL). Professora da UNISC
VAcadêmica do curso de Enfermagem da UNISC
“Os acompanhamentos realizados nos serviços de saúde durante as diferentes fases do período gestacional proporcionam um efeito protetor para a saúde do binômio mãe–filho. Dentre os procedimentos de acompanhamento existentes, destacam–se a realização do pré–natal, que tem como objetivos promover, proteger e recuperar a saúde da gestante e do concepto.1–3 Diante da importância do pré–natal e de suas implicações na saúde materno–infantil, torna–se extremamente importante investigar a qualidade da atenção ofertada às gestantes à nível de atenção básica, através de estudos epidemiológicos. Estes, preocupam–se em medir exposições econômicas, o acesso a tecnologias adequadas, prestação de apoio a família da gestante pelas equipes de enfermagem e da qualidade da atenção, sendo a última relacionada principalmente com marcadores de acesso, de utilização, de cobertura, de eficácia, do alcance dos objetivos, da estrutura dos serviços, do processo de atendimento, da satisfação do usuário e de resultados alcançados.”
Desta forma, fica evidente que o acesso da população gestante ao atendimento e acompanhamento pré–natal fica limitado principalmente a fatores econômicos e demográficos. Diante desta necessidade, diferentes programas de saúde da família procuram facilitar o acesso no atendimento. Para tanto, os agentes comunitários de saúde tornam–se ferramentas fundamentais e facilitadoras, realizando levantamentos de diferentes questões relacionadas à saúde de diferentes municípios e bairros cobertos por Programas de Saúde da Família.
O Programa de Saúde da Família (PSF) vem sendo interpretado como uma estratégia de atenção à saúde, favorecendo aspectos que poderiam inibir o atendimento, como a territorialização e o acesso a grande massa populacional.”
Dentre diferentes veículos de atuação na Atenção Básica, as Ações de Saúde da Mulher são prioridades a serem desenvolvidas pelo PSF. No campo de atendimento da mulher, a identificação da gravidez, cadastro no primeiro trimestre e imunizações indicadas são alguns procedimentos e responsabilidades enquanto atendimento dos PSF durante o acompanhamento pré–natal.”
O acompanhamento desenvolvido pelo agente comunitário de saúde consiste em visitas mensais, com o objetivo de buscar informações a respeito do quadro clínico, investigando as possíveis intercorrências advindas da gestação. Além disso, a gestante acompanhada deverá ser estimulada a realizar pelo menos seis consultas de pré–natal e realizar as vacinas necessárias durante as diferentes fases do período gestacional. Dentre as gestantes cadastradas nos municípios cobertos pela 13ª Coordenadoria Regional de Saúde, destacam–se Candelária (53,3%), Herveiras (50,0%), Venâncio Aires (30%) e Santa Cruz do Sul (28,9%) com os maiores percentuais de gestantes menores de 20 anos, restando Passo do Sobrado (11,7%), Mato Leitão (23,5%) e Herveiras (6%) com menores percentuais”
“Diante do que foi exposto, podemos constatar que existe um percentual aumentado de gestantes menores de 20 anos nos municípios cobertos pela 13ª CRS referidos neste estudo em comparação com os percentuais totais de outras coordenadorias. Além disso, os valores referentes à realização de acompanhamento pré–natal também encontram–se inferiores em relação a outras coordenadorias. Por outro lado, o percentual de realização das vacinas encontra–se em níveis desejáveis nesta região. Estes dados sugerem a necessidade de ações mais eficazes no campo da saúde preventiva, o que poderia atenuar os níveis elevados de gestantes com menos de 20 anos nos municípios cobertos pela 13ª CRS.” 

Para o trabalho 6

Consciência do direito ao atendimento odontológico entre usuários de uma clínica de ensino”
 Texto contexto - enferm. vol.19 no.3 Florianópolis jul./set. 2010
Liliane Nascimento de SantiI; Ana Márcia Spanó NakanoII; Angelina LettiereIII

“A promoção da saúde prevê um processo a partir do qual os indivíduos e as comunidades estariam em condições de exercer maior controle sobre sua vida, aumentando assim as chances de serem mais saudáveis (Nutbean, 1996). Segundo Buss (2000), é essencial para as iniciativas da promoção da saúde o incremento do poder técnico e político das comunidades (empowerment) na fixação de prioridades e tomada de decisões e na definição e implementação de estratégias para alcançar melhor nível de saúde.”
“a participação dos usuários nos serviços públicos de saúde vem sendo amplamente discutida, considerando ser esse um fator fundamental na qualidade desejada para os serviços.A identificação de problemas e soluções relacionadas às suas demandas contribuirão para ações de saúde mais efetivas (Andrade e Vaitsman, 2002), desenvolvendo nos usuários responsabilidade e o direito, ou seja, a cidadania”
“Novos modos de se fazer saúde devem incorporar como diretriz uma postura que encare os usuários na sua singularidade de sujeitos portadores de direitos, em substituição a uma perspectiva que entende os usuários como suplicantes e beneficiários dos serviços”
“A respeito do serviço de saúde, o usuário muitas vezes delimita o acesso à sua condição socioeconômica e considera de certa maneira natural que a oferta de serviços públicos seja dependente da capacidade do Estado. Percebe e aceita que o serviço é preparado para determinadas queixas e as suas podem não estar incluídas neste rol (Assis e col., 2003). O direito à saúde fica condicionado à existência ou não de recurso - o seu próprio ou o público”
“O próprio serviço de saúde incrementa esse conflito, quando passa a ser seletivo e excludente, já que muitas vezes não oferece o que o usuário necessita. Exemplo claro dessa afirmação pode ser observado nas baixas taxas de comparecimento de idosos a serviços odontológicos nas avaliações de acesso e uso dos serviços. No ultimo Levantamento Nacional de Saúde Bucal, dos idosos examinados 65,69% relataram não consultar o dentista há mais de 3 anos, sendo a dor o motivo da consulta para 48,12% dos que procuraram (Brasil, 2004).”
“Uma questão importante no processo de construção da consciência política é a ressocialização contínua, construída durante as práticas da vida, que surgem, cotidianamente, segundo as oportunidades disponíveis para cada sujeito. Essa questão pode ser observada e construída mediante práticas como o diálogo e a escuta.”
“Pode-se afirmar que na ausência, ou mesmo no não reconhecimento de um sistema formalmente organizado, os usuários, diante da necessidade de tratamento, tentam "se virar" para conseguir a vaga. Inexiste nesses casos a decisão tomada corretamente, resultante de uma consciência crítica e capacidade de intervenção sobre a realidade (Carvalho, 2004).
Percebe-se também que, diante da crença na incapacidade de conseguir por si mesmo uma vaga para tratamento, o usuário busca ajuda com algum conhecido. A relação que se estabelece é a de favor prestado, tornando explícita a falta de poder e de consciência do direito. Para Gonçalves e Verdi (2007), o privilégio do atendimento através de amigos, conhecidos ou parentes caracteriza um abuso da autoridade de quem concede o "favor", desrespeitando simultaneamente a autonomia dos que conseguiram e dos que aguardam por atendimento.”
“Outra estratégia utilizada pelos usuários é a queixa de dor como motivo da consulta. As queixas, segundo Marques e Lima (2007), são construídas social e historicamente, conforme as relações vividas. Embora sem entender a lógica oficial dos serviços, o usuário percebe que dor é prioritária e torna mais rápida a solução do problema por ele apresentado. Além do atendimento à queixa apresentada, o usuário antevê a possibilidade de continuidade do tratamento.”
“Quando o problema é "dor de dente", um percentual de 75% dos usuários indicaram a Univale - centro de referencia para o atendimento de urgência - como o local a ser procurado nesse tipo de situação, desconhecendo outros locais oferecidos pelo serviço público municipal. Dos usuários que disseram buscar a instituição do estudo para o problema de dor  50% relataram que procurariam uma clínica privada caso não conseguissem ser atendidos.”

Para o trabalhoo 3

Saúde bucal materno-infantil: um estudo de representações sociais com gestantes1

Mirelle FinklerI; Denise Maria Belliard OleiniskiII; Flávia Regina Souza RamosIII
ICirurgiã-dentista. Mestre em Odontologia - Área de concentração: Odontologia em Saúde Coletiva, pela UFSC. Professora Substituta do Departamento de Estomatologia/UFSC
IICirurgiã-dentista. Doutora em Odontologia. Professora Adjunto II do Departamento de Estomatologia/UFSC e do Programa de Pós-Graduação em Odontologia/UFSC. Orientadora
IIIEnfermeira. Doutora em Filosofia de Enfermagem. Professora Adjunto IV do Departamento de Enfermagem/UFSC e do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem/UFSC. Co-orientadora.


“Sabe-se que a assistência odontológica tem contribuído muito pouco para a melhoria das condições de saúde bucal das populações. A prática odontológica iatrogênica-mutiladora, dentistocêntrica, biologicista, individualista, centrada na técnica e pouco resolutiva, vigora desde sua origem. Como conseqüência, os índices epidemiológicos que refletem as condições de morbidade bucal, colocam o Brasil entre os países de piores condições de saúde bucal do mundo.”
“O ideal compartilhado é o de uma prática odontológica mais humana, saudável, eficiente e eficaz, que respeite democraticamente a dignidade dos indivíduos e dos grupos, dentro de seu contexto histórico, social e cultural e que consiga, dessa forma, promover a saúde geral através da saúde bucal, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida na sociedade.”

“Sendo a saúde uma questão de natureza social, econômica, cultural, política e educacional, é necessário considerar que os trabalhos de promoção de saúde requerem, antes de tudo, um conhecimento aprofundado sobre a população com a qual se irá trabalhar. Mas poucas e recentes são as pesquisas em Odontologia que propiciam esse conhecimento aprofundado, considerando as pessoas e seus comportamentos a partir de sua inserção social, valores, crenças, enfim, de seu sistema de significação2. Esse tipo de estudo exige uma abordagem diferente da qual a Odontologia tradicionalmente tem trabalhado. “
“A metodologia de pesquisa qualitativa, enraizada na Antropologia Social, busca o relativismo e a singularidade dos grupos sociais. Tem por pressuposto que o real só pode ser apreendido a partir da ordem simbólica, uma vez que a realidade é uma construção social. Dentro desse contexto, a saúde e a doença possuem uma realidade independente de sua definição biomédica, pois são objetos de representações e tratamentos específicos em cada cultura.”

“Pensando-se na família como um espaço primário de relacionamento social, as mulheres e mães exercem uma influência especial, principalmente nas questões relacionadas à saúde, pois atuam como agentes produtoras e multiplicadoras de conhecimentos, informações e atitudes que visam à promoção da sua saúde e a de toda a sua família. “

“O período da gestação é considerado um momento ímpar na vida da mulher, no qual ela demonstra estar bastante receptiva a informações relacionadas ao futuro filho, sendo por isso, a gestação, percebida como um momento privilegiado para o trabalho de educação em saúde.”
“Diversas pesquisas vêm sendo realizadas com gestantes no âmbito da Odontologia9-10 mas apesar dos esforços realizados no sentido de conhecê-las melhor em relação ao que sabem, pensam e fazem, como é a sua saúde bucal e qual a influência desta na saúde bucal de seus bebês, esse conhecimento tem sido obtido e analisado sob o prisma da corrente positivista, de forma que toda a realidade social e histórica, a comunicação inter-pessoal, o senso comum e as práticas sociais deixam de ser consideradas.

“O despreparo dos profissionais da Odontologia para lidar com gestantes acaba por reforçar o elemento da representação social que desaconselha o tratamento durante a gestação. O receio dos profissionais, fortemente direcionado para as preocupações com a segurança do tratamento curativo4, pode estar contribuindo negativamente para a construção da representação social reconstruída neste estudo.
Emerge então, a necessidade de uma reflexão referente ao perfil do profissional que a Odontologia tem formado. A literatura aponta não somente para os aspectos específicos do tratamento de gestantes, minimizando os riscos superestimados também pelos profissionais e o seu conseqüente temor em atendê-las9,14, mas especialmente, para a compreensão da gestante enquanto sujeito que requer o que de melhor a atenção odontológica tem a oferecer: a sua ação integral - educativa, preventiva e reabilitadora.”

“As gestantes possuem uma motivação, em potencial, para cuidar da própria saúde bucal pensando nos filhos e para buscar informações sobre os cuidados que deverão ser tomados com a saúde bucal dos bebês. Faz-se necessário, então, colocar as gestantes em contato com a Odontologia durante o período pré-natal, para que recebam toda a orientação profissional necessária e para que sejam encaminhadas ao tratamento preventivo-reabilitador, pois mulheres saudáveis e que saibam se cuidar efetivamente promoverão a saúde de seus filhos. “

Para o Trabalhoo! 2

Soc. estado. v.22 n.1 Brasília jan./abr. 2007
Ideologia e dominação no Brasil (1974-1989): um estudo sobre a Escola Superior de Guerra
 Ideology and domination in Brazil (1974-1989): a study about the Superior School of War
 Everton Rodrigo Santos
    Doutor em Ciência Política pela UFRGS, professor titular no Centro Universitário FEEVALE, onde atua como pesquisador no Grupo de Estudos em Desenvolvimento Regional, professor adjunto na ULBRA no ensino de Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política e Odontologia.

    “Esta escola, como um "centro misto de estudos militares e civis", onde se elaboravam alternativas aos obstáculos do desenvolvimento nacional no contexto político do pós-guerra, tinha em sua localização geográfica na capital muito mais do que uma coincidência, um desejo manifesto de influir nos rumos da política nacional. De fato, na seqüência histórica, a ruptura institucional de 1964 reservou à ESG um importante papel, pois, a partir de suas formulações doutrinárias, foi possível a um grupo de militares e civis não somente elaborar um projeto político para o país, que articulasse de forma coerente segurança com desenvolvimento econômico, como também catapultar muitos dos seus quadros à estrutura estatal "pós-revolução", o que ficou cristalizado na ascendência do general Castelo Branco à Presidência da República. Ele mesmo um esguiano.”
     “ Das análises que apresentam a ESG e sua ideologia como um instrumento a serviço da modernização do capitalismo, até as análises marxistas/gramscianas que a colocam a serviço das "classes economicamente dominantes", em todas elas, a dimensão que mais interessa à análise política e ao futuro da democracia, a saber, as relações de poder aí estabelecidas entre civis e militares, têm sido, senão negligenciadas, tangencialmente tocadas.
Esta análise busca testar a hipótese, a partir do conceito de ideologia em Thompson (1995), de que a Escola Superior de Guerra (ESG) constitui-se num lócus de produção de formas simbólicas de tipo ideológico. Ou seja, a instituição caracteriza-se como um espaço de mobilização dos sentidos para sustentar relações de dominação civil-militares assimétricas e duráveis, que se cristalizam no período em estudo, constituindo-se, desta forma, como um espaço de resistência ao aperfeiçoamento das relações civil-militares no Brasil e, conseqüentemente, de sustentação do regime político autoritário/tutelado na transição.”
“Pensamos ser possível fazer avançar a compreensão sobre o fenômeno ideológico presente na ESG, buscando superar tanto a "concepção neutra" quanto a "concepção negativa" das análises tradicionais com forte viés de classe, revitalizando o uso do conceito de ideologia em seu caráter político. Pensamos que a proposta apresentada por Thompson (1995) traz um enfoque original nos estudos sobre ideologia. As formas simbólicas não são ideológicas em si mesmas para este autor. Se elas são ideológicas ou não, vai depender das maneiras como são usadas e entendidas em contextos sociais específicos; em outras palavras, se elas servem para estabelecer e sustentar relações de dominação nos contextos sociais em que elas são produzidas, transmitidas e recebidas.”
Thompson (1995) não restringe a ideologia às relações de dominação econômica, bem como não reduz esta a um caráter ilusório. Ele vê as formas simbólicas e o sentido, assim mobilizado por elas, como constitutivos da realidade social e que estão envolvidos tanto em estabelecer como em sustentar relações entre pessoas e grupos.7 Assim, as formas simbólicas não estão separadas da realidade ou mesmo são reflexos dela, como quer a tradição marxista, porém elas são partes do que é a realidade. Portanto, quando estamos estudando ideologia,estamos estudando um aspecto da vida social que é tão real como qualquer outro.”

A ESG cumpriu um papel importante no processo de transição para a democracia no Brasil (1974/1989) justamente por seu caráter ideológico, qual seja, o de sustentar no plano simbólico a manutenção de relações assimétricas de poder entre civis e militares dentro do aparelho de Estado, recrutando para isso parte da elite civil/militar brasileira. Neste sentido, nossa análise formal das construções simbólicas na ESG colados no contexto sócio-histórico do período com o uso da Hermenêutica de Profundidade (HP) e análise de conteúdo de Bardin (1977) nos permitiram duas conclusões basilares.”
Tanto a manutenção do governo, quanto a manutenção das Forças Armadas em seu papel tutelado, no período em análise, foram justificadas e legitimadas na ESG, configurando assim esta instituição como um lócus ideológico de sustentação do regime autoritário/tutelar durante o processo transicional da política brasileira. Aqui também a mobilização simbólica no período foi ao encontro destas relações de dominação civil/militares.”